6 informações importantes para você entender a transmissão do HIV

O HIV é o vírus causador da AIDS, a síndrome da imunodeficiência adquirida, e sua transmissão é feita quando há contato com o vírus, presente em fluidos corporais. Preparamos informações importantes sobre as formas de transmissão deste vírus que, segundo o Ministério da Saúde, teve o número de detecção de casos no Brasil quase triplicado entre 2017 e 2018, saltando de 13.974 casos para 42.420.

1 – Os fluidos corporais infectantes, aqueles onde há presença de HIV em grande quantidade são: sangue, sêmen, secreções vaginais e leite materno.

2 – Nem todos os fluidos corporais são transmissores do vírus HIV. Os fluidos não infectantes são: saliva, urina, lágrimas, fezes e suor. Esses fluidos não possuem quantidade de HIV suficiente para infectar outra pessoa. Por isso o HIV não é transmitido por assento de vaso sanitário, piscina, cadeiras, bancos etc.

3 – Para que ocorra a contaminação com o HIV, é necessário que haja uma pessoa infectada com o vírus, pois ele não sobrevive fora do corpo; que fluido que está sendo veículo de infecção tenha concentração de HIV suficiente; e que haja penetração do vírus na corrente sanguínea, pois só ter contato com o fluido não é suficiente para provocar a infecção.

4 – Nas relações sexuais sem proteção (sexo vaginal e/ou anal sem uso de camisinha) com pessoas infectadas o HIV chega à corrente sanguínea através das mucosas. Ainda que não haja ejaculação, há risco de transmissão do vírus. O sexo oral é considerado de baixo risco, mas o risco aumenta quando há ejaculação na boca.

5 – O HIV também é transmitido quando há contato direto com sangue infectado, como no compartilhamento de seringas com agulhas infectadas, tatuagem feita sem material descartável, transfusão de sangue e ou acidente com objetos cortantes infectados.

6 – Outra forma comum de contaminação é a de mãe para filho. Quando um soropositiva engravida, ela pode contaminar a criança durante a gravidez, durante o parto ou ainda após o parto, através do leite materno. Mas há maneiras de uma mãe soropositiva gerar um filho soronegativo. Com os devidos cuidados, a chance de uma mãe soropositiva transmitir o vírus para o bebê é de apenas 0.5%.

Número de infectados pelo HIV cresce na Bahia

Ouvimos falar cada vez menos sobre o HIV, mas os números do Ministério da Saúde mostram que ainda é preciso ter muito cuidado com essa doença. No Brasil foram registrados cerca de 40 mil novos casos de HIV nos últimos cinco anos e a Bahia registrou um aumento de 11% da taxa de detecção da doença nos últimos 10 anos.

HIV é uma sigla em inglês para o vírus da imunodeficiência humana. O vírus é o causador da AIDS, uma doença que ataca o sistema imunológico, que defende o organismo contra doenças.

Quando um indivíduo contrai o HIV ele se torna soropositivo, mas isso não significa que ele desenvolverá a doença AIDS. Mesmo sem apresentar os sintomas, ele segue sendo um transmissor da doença. Por isso é fundamental se prevenir. Atenção: os soropositivos não têm cara e não tem sintomas que denunciem a presença do HIV no seu organismo.

Tanto entre homens quanto entre mulheres, o jovens são os mais atingidos. Nos dados divulgados em 2018, a taxa de detecção do vírus foi maior entre pessoas entre 25 e 29 anos. Mas a taxa de infectados também teve aumento nas faixas de 15 e 19 anos e de 20 a 24 anos.

Apesar da associação comum entre portadores do HIV e homossexualidade, a diferença entre o número de héteros e homossexuais infectados diminui cada vez mais. Segundo o Ministério da Saúde, 49,9 % dos soropositivos são homossexuais e 36,9% são heterossexuais.

Tratamento e prevenção

É fundamental realizar exames frequentes para prevenir o desenvolvimento da doença. Hoje, a terapia antirretroviral combina medicamentos que impedem a multiplicação do HIV no organismo e previne os danos causados por ele ao sistema imunológico. Esse tratamento tem um impacto positivo nas estatísticas sobre a doença e, ainda assim, foram registradas 11.463 mortes em decorrência de AIDS em 2018.

O diagnóstico precoce é muito importante para o sucesso do tratamento, mas o fundamental é se prevenir. O vírus é transmitido por relações sexuais sem preservativo, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção.